quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Exploração Sexual no Pará


A Polícia Civil do Pará desarticulou na manhã desta quarta-feira um esquema de exploração sexual em Vitória do Xingu, no sudoeste do Estado. Após 15 dias de investigações, uma casa de prostituição onde três mulheres e um homem eram aliciados foi fechada.
Marlene Lopes Carlos, 47 anos, dona do estabelecimento, localizado na rodovia Transamazônica, em Vila Belo Monte, distrito de Vitória do Xingu, foi presa em flagrante. Ela responderá pelos crimes de rufianismo (obter lucros financeiros por meio da prostituição) e por manter casa de prostituição.
Outras quatro pessoas foarm levadas para a sede da Superintendência Regional da Polícia Civil na Região do Xingu, em Altamira, onde seriam ouvidos. De acordo com o delegado Lindoval Borges, titular da Delegacia de Vitória do Xingu, Marlene Carlos tinha licença para funcionamento de bar, que funcionava normalmente na parte da frente do imóvel. Segundo a polícia, o restante da residência era usado como ponto de prostituição.
Os investigadores constataram a existência de quatro quartos em que ocorriam os programas sexuais. No momento da chegada dos policiais, Marlene e as quatro vítimas dormiam no local. Uma delas, uma mulher de 23 anos, é natural de Zé Doca, no Estado do Maranhão. As outras duas mulheres, de 23 e 27 anos, são oriundas, respectivamente, de Tucuruí e Jacundá, sudeste do Pará. O homem, de 21 anos, é nascido em Itupiranga, também no sudeste do Pará.
Segundo o delegado Cristiano Nascimento, titular da Superintendência Regional do Xingu, a polícia recebeu várias denúncias da prática de casa de prostituição no local, mas, em todas as ocasiões, os agentes não conseguiram constatar a prática de exploração sexual, já que o prostíbulo funcionava de forma oculta, por trás da atividade do bar.
A casa de prostituição fica a aproximadamente 12 quilômetros de distância de um dos canteiros das obras de construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
Tráfico de pessoas
O combate à exploração sexual, por meio do tráfico de pessoas, foi intensificado na região do Xingu desde a semana passada, quando uma adolescente de 16 anos fugiu de uma boate em Vitória do Xingu. Ela era mantida sob cárcere privado e obrigada a fazer programas sexuais para pagar as despesas do estabelecimento. Após o caso, 18 pessoas, entre mulheres e um homossexual, foram resgatadas na região. Em Altamira, uma operação policial, no último dia 15, resgatou 14 jovens que atuavam como garotas de programa, em boates. As polícias Civil e Militar, em conjunto com o Corpo de Bombeiros e Conselho Tutelar, revistaram cinco estabelecimentos.
Em quatro deles, foram cassados os alvarás de funcionamento e as atividades das boates foram suspensas. A delegada Thalita Feitoza, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), de Altamira, instaurou inquérito para apurar suspeitas de tráfico interno de pessoas para exploração sexual

Fonte: Terra