segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Garoto de 4 anos tem seu nome negativado no SPC e Serasa

Conforme o vendedor Eduardo Matos Caminhas, residente em Montes Claros, ele foi surpreendido com a cobrança de dívidas, que ultrapassam R$ 30 mil, em nome do seu filho de apenas quatro anos. Ainda segundo Eduardo, o motivo da cobrança seria a clonagem do CPF da criança em Ribeirão Preto (SP), onde foram feitas diversas compras em seu nome, incluindo até a aquisição de um carro, no valor de R$ 24,3 mil. O menino também teve o seu nome incluído no cadastro de devedores da Serasa.

“Fiquei assustado, pois nunca fui a São Paulo e não conheço Ribeirão Preto”, conta o vendedor. Ele contratou o advogado Andrei Mendes Santos, que entrou com uma ação para anular as dívidas, pleiteando também a indenização por danos morais por parte das empresas que fizeram as vendas para o responsável pela clonagem do CPF da criança.

A família tinha providenciado a emissão do CPF do garoto em 2008, para que ele pudesse receber um benefício da Previdência Social, tendo em vista que nasceu com uma doença grave (câncer em um dos olhos). Para receber o pagamento era necessária a abertura de uma conta bancária no nome da criança.

O CPF do menino teria sido clonado logo depois da sua emissão. Também foi retirado um cartão de crédito em nome da criança. As compras com o uso irregular do número do CPF foram feitas no período de agosto de 2008 a abril de 2009. Mas, somente em julho do ano passado o vendedor Eduardo Matos tomou conhecimento de que o documento do seu filho havia sido clonado.

Na ocasião, ele recebeu uma correspondência pelos Correios, cobrando a fatura de cartão de crédito, emitida por uma agência bancária de Ribeirão Preto. “Na hora, tive que dar explicações para minha mulher, que perguntou se eu tinha feito empréstimos em nome do meu filho”, recorda Eduardo Matos. Ele disse que ficou intrigado, tendo em vista que nunca perdeu o cartão de CPF do filho e não fez o uso documento para mais nada, a não ser para a abertura da conta bancária para receber o benefício previdenciário. Segundo o vendedor, a partir da clonagem do CPF, também teria sido retirada uma carteira de identidade falsa em nome da criança.

Além do carro, o CPF clonado da criança foi usado para compras a crédito em uma loja de departamentos (Magazine Luiza), em duas parcelas que somam R$ 215, e em um supermercado (Carrefour), no qual as mercadorias adquiridas totalizam R$ 1.456. Foi enviada para a casa da família, na Vila Ipiranga, em Montes Claros, uma cobrança de um banco, no valor de R$ 747, referente às despesas de cartão de crédito, mas sem mencionar quais foram as compras que geraram o montante.
Fonte: J Uberaba

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